Não é incomum ver produtores que acreditam que cumprir a IN 76 e 77 é algo quase impossível.

“É muito exigente”, “não tem como manter a CPP abaixo de 300 mil”, “CCS só abaixa com antibiótico”

são frases frequentes quando o tema entra em pauta. Mas a verdade é que a grande maioria das propriedades não está distante do padrão. O que falta, muitas vezes, é direcionamento técnico, correção de pequenos erros operacionais e monitoramento constante. E aí entra o papel estratégico do laticínio.

A Instrução Normativa não exige milagres exige o básico bem feito.

Uma ordenha com sistema adequado e regulado, boas práticas de higiene, refrigeração rápida e manejo sanitário eficiente já são suficientes para colocar a maior parte das propriedades dentro do padrão exigido.

Só que o “básico” não se faz sozinho. Exige capacitação, exige assistência técnica, exige visitas regulares com foco em melhoria contínua. E é por isso que laticínios que enxergam a IN 76 e 77 como uma responsabilidade compartilhada conseguem, inclusive, transformar fornecedores “problemáticos” em fornecedores padrão ouro.

Vamos aos dados? Segundo a Embrapa Gado de Leite, propriedades com assistência técnica contínua apresentaram:

• Redução de até 56% na Contagem de Células Somáticas (CCS) em um período de 12 meses.
• Melhora na CPP (Contagem Padrão em Placas) com conformidade superior a 85% nos grupos acompanhados tecnicamente.

Fonte: Embrapa Gado de Leite – Boletim Técnico 2023: Resultados de Programas de Assistência Técnica no Brasil.

Esses dados mostram que, quando há estratégia e acompanhamento, a norma deixa de ser um desafio técnico e passa a ser um fator de fortalecimento da cadeia. O ponto central é que qualidade não se alcança com cobrança isolada, ela nasce do alinhamento entre quem compra e quem produz.

O laticínio que garante padrão de qualidade na base tem menos dor de cabeça na linha, mais liberdade para trabalhar com derivados premium e muito mais segurança frente às exigências legais e de mercado.

Publicado em: 13/08/2025