A Instrução Normativa 77 estabelece que todos os laticínios devem oferecer assistência técnica aos seus fornecedores, com visitas regulares, capacitações e orientações técnicas registradas. O que muita gente ainda não entendeu é que isso não se resume a cumprir um roteiro de visitas e preencher formulários.

O verdadeiro ganho para o laticínio acontece quando a assistência técnica vira uma ponte entre a estratégia da indústria e a rotina do produtor.

É ela que conecta os indicadores da base com ações práticas, que viabiliza melhorias reais de qualidade e produtividade, e que cria um canal constante de confiança e orientação entre indústria e campo.

Sem assistência técnica efetiva, o PQFL não se sustenta.

É ela que garante que o plano saia do papel e se materialize em resultados dentro da fazenda.

Mas atenção, não se trata de “mandar alguém visitar a fazenda”. O que o laticínio precisa é de uma equipe treinada, com olhar analítico, foco em metas e capacidade de orientar tecnicamente os produtores com base em dados, acompanhando de forma contínua a evolução da base.

E quando isso acontece?

• A CCS e o CPP começam a cair;
• A produção por vaca aumenta;
• Os índices de descarte caem;
• O leite entregue é mais uniforme e mais valorizado;

O produtor passa a enxergar o laticínio como parceiro, e não apenas comprador.

Por isso, a assistência técnica não pode ser vista como custo operacional. Ela é um investimento que retorna em volume, qualidade e fidelidade. É o instrumento mais poderoso para transformar o PQFL em um projeto de longo prazo, com ganhos consistentes para os dois lados.

Já pensou em estruturar sua assistência técnica como ferramenta estratégica de gestão da base?

O momento ideal para começar foi ontem. O segundo melhor é agora.

Publicado em: 06/08/2025